Engenheiros Do Hawaii - A Violncia Travestida Faz Seu Trottoir
A Violncia travestida faz seu trottoir
(Humberto Gessinger)
no ar que se respira, nos gestos mais banais
em regras, mandamentos, julgamentos tribunais
na vitria do mais forta, na derrota dos iguais
a violncia travestida faz seu trottoir
na procura doentia de qualquer prazer
na arquitetura metafsica das catedrais
nas arquibancadas, nas cadeiras , nas gerais
a violncia travestida faz seu trottoir
na maioria silenciosa, orgulhosa de no ter
vontade de gritar, nada pra dizer
a violncia travestida faz seu trottoir
nos annicos de cigarro que avisam que fumar faz mal
a violncia travestida faz seu trottoir
em annicos luminosos, lminas de barbear
armas de brinquedo, medo de bincar
a violncia travestida faz seu trottoir
no vdeo, idiotice intergalctica
na mdia, na moda, nas farmcias
no quarto de dormir, na sala de jantar
a morte anda to viva, a vida anda pra trs
a livre iniciativa, igualdade aos desiguais
na hora de dormir, na sala de estar
a violncia travestida faz seu trottoir
uma bala perdida encontra algum perdido
encontra abrigo num corpo que passa por ali
e estraga tudo, enterra tudo, p de cal
enterra todos na vala comun de um discurso liberal
a violncia travestida faz seu trottoir
em annicos luminosos, lminas de barbear
armas de brinquedo, medo de bincar
a violncia travestida faz seu trottoir
a violncia travestida faz seu trottoir
em annicos luminosos, lminas de barbear
armas de brinquedo, medo de bincar
a violncia travestida faz seu trottoir
Tudo que ele deixou foi uma carta de amor pra uma apresentadora de programa
infantil.
Nela ele dizia que j no era criana , e que a esperana tambm dana como
monstros de um filme japons.
Tudo que ele tinha, era uma foto desbotada, recortada de revista
especializada em vida de artista.
Tudo que ele queria, era encontr-la um dia (todo suicida acredita na vida
depois da morte).
Tudo que ele tinha, cabia no boloso da jaqueta.
A vida quando acaba, cabe em qualquer lugar.
E a violncia travestida faz seu trottoir...
no se renda s evidncias
no se prenda primeira impresso
eles dizem com ternura:
"o que vale a inteno"
e te do um cheque sem fundos
do fundo do corao
no ar que se respira
nessa total falta de ar
a violncia travestida
faz seu trottoir
em armas de brinquedo, medo de brincar
em anncios luminosos, lminas de barbear
nos anncios de cigarro que avisam que fumar faz mal
a violncia travestida faz seu trottoir
a violncia travestida faz seu trottoir
Contribuio:
Leandro Maciel
lmaciel@rol.com.br
(Humberto Gessinger)
no ar que se respira, nos gestos mais banais
em regras, mandamentos, julgamentos tribunais
na vitria do mais forta, na derrota dos iguais
a violncia travestida faz seu trottoir
na procura doentia de qualquer prazer
na arquitetura metafsica das catedrais
nas arquibancadas, nas cadeiras , nas gerais
a violncia travestida faz seu trottoir
na maioria silenciosa, orgulhosa de no ter
vontade de gritar, nada pra dizer
a violncia travestida faz seu trottoir
nos annicos de cigarro que avisam que fumar faz mal
a violncia travestida faz seu trottoir
em annicos luminosos, lminas de barbear
armas de brinquedo, medo de bincar
a violncia travestida faz seu trottoir
no vdeo, idiotice intergalctica
na mdia, na moda, nas farmcias
no quarto de dormir, na sala de jantar
a morte anda to viva, a vida anda pra trs
a livre iniciativa, igualdade aos desiguais
na hora de dormir, na sala de estar
a violncia travestida faz seu trottoir
uma bala perdida encontra algum perdido
encontra abrigo num corpo que passa por ali
e estraga tudo, enterra tudo, p de cal
enterra todos na vala comun de um discurso liberal
a violncia travestida faz seu trottoir
em annicos luminosos, lminas de barbear
armas de brinquedo, medo de bincar
a violncia travestida faz seu trottoir
a violncia travestida faz seu trottoir
em annicos luminosos, lminas de barbear
armas de brinquedo, medo de bincar
a violncia travestida faz seu trottoir
Tudo que ele deixou foi uma carta de amor pra uma apresentadora de programa
infantil.
Nela ele dizia que j no era criana , e que a esperana tambm dana como
monstros de um filme japons.
Tudo que ele tinha, era uma foto desbotada, recortada de revista
especializada em vida de artista.
Tudo que ele queria, era encontr-la um dia (todo suicida acredita na vida
depois da morte).
Tudo que ele tinha, cabia no boloso da jaqueta.
A vida quando acaba, cabe em qualquer lugar.
E a violncia travestida faz seu trottoir...
no se renda s evidncias
no se prenda primeira impresso
eles dizem com ternura:
"o que vale a inteno"
e te do um cheque sem fundos
do fundo do corao
no ar que se respira
nessa total falta de ar
a violncia travestida
faz seu trottoir
em armas de brinquedo, medo de brincar
em anncios luminosos, lminas de barbear
nos anncios de cigarro que avisam que fumar faz mal
a violncia travestida faz seu trottoir
a violncia travestida faz seu trottoir
Contribuio:
Leandro Maciel
lmaciel@rol.com.br
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