Patricia Bastos - Bárbaro Soneto
Venho, impávida e decididamente
Neste frenesi, te dizer o meu amor
Que nesta mesma noite me matarei
E beberei um único cálice de inseticida infalível
E morrerei feito um inseto tórpido, em minha clausura
Deixarei escrito a batom um bilhete lírico, insólito
Talvez um bárbaro soneto intoleravelmente esdrúxulo
Magoarei certamente a natureza hipócrita dos homens
Ora danem-se
Nesta hora, querido, serei uma suicida
E não revelarei sequer os meus recônditos equívocos
O mistério é meu absoluto segredo inviolável
Minha última volúpia de mulher vaidosa que sou
Minha decisão é drástica
Irreversivelmente tola
Mas são tantas as lágrimas
Derramadas no mundo, meu amor
Serei uma gota no mar
Entre gotas inumeráveis
Adeus... Adeus...
Neste frenesi, te dizer o meu amor
Que nesta mesma noite me matarei
E beberei um único cálice de inseticida infalível
E morrerei feito um inseto tórpido, em minha clausura
Deixarei escrito a batom um bilhete lírico, insólito
Talvez um bárbaro soneto intoleravelmente esdrúxulo
Magoarei certamente a natureza hipócrita dos homens
Ora danem-se
Nesta hora, querido, serei uma suicida
E não revelarei sequer os meus recônditos equívocos
O mistério é meu absoluto segredo inviolável
Minha última volúpia de mulher vaidosa que sou
Minha decisão é drástica
Irreversivelmente tola
Mas são tantas as lágrimas
Derramadas no mundo, meu amor
Serei uma gota no mar
Entre gotas inumeráveis
Adeus... Adeus...
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