Tonico E Tinoco - A Cruz Do Caminho
Puxe a cadeira seu moço,
Sente aqui um bocadinho,
Vô conta o que significa
Aquela cruiz do caminho.
Seu moço toda a história
Cuntece por causa do amor,
Mas esta é bem diferente,
Não esta é bem diferente,
Não tem muiê não sinhô.
Onde essa cruiz ta fincada,
Naquele pedaço de chão,
Há tempo foi interrado,
O Zico da Conceição.
O Zico da Conceição,
Cantadô i bão violero,
E tinha a vóis mais bunita,
De tudo o sertão intero.
Quando garrava na viola,
E começava a cantá,
Cantava moda bunita,
Fazia a gente chora
Um dia o pobre coitado,
Sentiu-se muito doente
Daí então desando,
A imagressê de repente,
Assim fico muito fraco,
Já nem podia cantá,
Saiu um dia de casa,
Foi o doutor percurá.
I tudo aqui sintiu farta,
Daquela tão linda vóiz,
Daquelas moda bunita,
Que ele cantava p!rá nóis.
E o doto disse prele,
Seu Zico da Conceição,
Tenha pacencia rapais,
Você ta ruim dos purmão.
O rapais veio simbora,
Tristonho sem esperança,
Paro naquele lugá,
Chorano que nem criança,
Assim o pobre coitado,
Não resistiu tanta dor,
Ranço da sua garrucha,
E mermo ali se mato.
Com ele foi interrada,
A sua viola de pinho,
E aqui termina a história,
Daquela cruiz do caminho.
Sente aqui um bocadinho,
Vô conta o que significa
Aquela cruiz do caminho.
Seu moço toda a história
Cuntece por causa do amor,
Mas esta é bem diferente,
Não esta é bem diferente,
Não tem muiê não sinhô.
Onde essa cruiz ta fincada,
Naquele pedaço de chão,
Há tempo foi interrado,
O Zico da Conceição.
O Zico da Conceição,
Cantadô i bão violero,
E tinha a vóis mais bunita,
De tudo o sertão intero.
Quando garrava na viola,
E começava a cantá,
Cantava moda bunita,
Fazia a gente chora
Um dia o pobre coitado,
Sentiu-se muito doente
Daí então desando,
A imagressê de repente,
Assim fico muito fraco,
Já nem podia cantá,
Saiu um dia de casa,
Foi o doutor percurá.
I tudo aqui sintiu farta,
Daquela tão linda vóiz,
Daquelas moda bunita,
Que ele cantava p!rá nóis.
E o doto disse prele,
Seu Zico da Conceição,
Tenha pacencia rapais,
Você ta ruim dos purmão.
O rapais veio simbora,
Tristonho sem esperança,
Paro naquele lugá,
Chorano que nem criança,
Assim o pobre coitado,
Não resistiu tanta dor,
Ranço da sua garrucha,
E mermo ali se mato.
Com ele foi interrada,
A sua viola de pinho,
E aqui termina a história,
Daquela cruiz do caminho.
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